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No ano de 2015 a Secretaria Municipal de Saúde de Miguel Pereira marcou mais de 5.400 exames a pedido de pacientes da cidade. Desse número, quase 2.000 exames são abandonados nas clínicas e hospitais pelos pacientes que fizeram os exames, apesar das ligações da Coordenação de Regulação (exames) pedindo os pacientes para buscarem os resultados dos seus exames. Segundo a coordenadora da Regulação, Marilene “o brasileiro tem arraigado na sua cultura de que tudo que é de graça não tem valor, mas são exames caros e complexos como eco-doppler, tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, coloscopia (intestino), endoscopia (estômago), que os pacientes simplesmente não vão fazer ou não pegam os resultados” concluiu a coordenadora.

Três problemas são gerados, o primeiro e mais grave é que o paciente que marca, confirma a presença e não aparece no dia do exame tira a vaga daqueles que precisa fazer e aguardam a vez. O segundo é que o poder público paga pelo paciente que não foi fazer seu exame. E o terceiro é que quando esses exames são nas instituições públicas, cada município tem sua cota e elas estão propondo, que em 2016, haja uma diminuição da cota de Miguel Pereira em função dos exames abandonados e dos pacientes que não compareceram.

Todo final de ano o INTO, Hospital de Trauma Ortopedia, recolhe e envia para a Secretaria de Saúde dos municípios, todos os exames que foram feitos pela Instituição e abandonados pelos pacientes na unidade de Paraíba do Sul.

Segundo o Secretário de Saúde do Município, Dr. Dione Caruzo, “me preocupa essa quantidade de exames que são abandonados e dos que não são feitos, estamos levantando os motivos, uma vez que a Secretaria está focada em repor o número de vagas e exames que o Governo do Estado está cortando de todos os municípios, além do mais com o aumento do número de médicos e profissionais da saúde que chamei do concurso (4 clínicos gerais, 2 pediatras, 1 obstetra, 1 oftalmologista, 1 ortopedista, 2 farmacêuticos, 2 fisioterapeutas) o número de exames também vão aumentar, em 2016 esse número deve duplicar em função dos convênios que estão sendo assinados, inclusive a grade com os tipos de exames vão aumentar, através dos Consórcios do Rio e do de Minas, queremos não só repor a queda que o Estado está impondo aos municípios, mas também a ampliar os tipos de exames oferecidos à população.” Concluiu o secretário de Saúde.