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Em Conrado, importante Distrito do município onde fica o Condomínio Industrial de Miguel Pereira, a caixa de velas virou artigo de primeira necessidade. A cada dia fica pior o serviço oferecido pela concessionária de energia Light. Segundo os moradores do local, antigamente chuva e ventania eram sinônimo de falta de luz.

Hoje a situação está bem pior, reclama seu Tião, comerciante mais antigo de Conrado e dono da padaria, segundo ele, hoje em dia “cachorro mijou no poste” é motivo de falta de energia. Seu Tião é comerciante desde 1972 quando chegou a Conrado, mas nunca viu uma situação como o que eles estão vivendo hoje, são vários dias na semana sem luz.

Semana passada faltou luz na quarta-feira, dia 5/11, das 15 às 21hs, no sábado e no domingo também. O prejuízo só nessa semana já passa de 50 mil reais. Muitos comerciantes perderam vendas e mercadorias. Quem vai comprar cerveja quente? Refrigerante quente? Reclama o comerciante que espera chegar o verão para fazer seu “pé de meia” para enfrentar o resto do ano. Muitos moradores já perderam TVs, video game, geladeiras, e tantos outros eletrodomésticos.

No açougue as vendas tiveram que ser suspensas para não perder a mercadoria, porque se ficar abrindo o frizer a toda hora e a luz não voltar, eu perco toda a mecadoria, então prefiro perder a venda, conta um funcionário.

A situação dos idosos e crianças é ainda pior, não só pelo calor, mas enfrentar os mosquitos sem ventiladores é muito pior. Em Conrado há um número expressivo de idosos e muitos precisam de nebolização e aparelho de respiração, mas sem luz a situação fica desesperadora.

Eduardo Baldez conta que já está cansado do descaso com que a Light vem oferecendo e está organizando abaixo-assinado para encaminhar à Assembleia Legislativa para que alguma coisa seja feita. Segundo Eduardo, “para a Light nós não existimos, é uma falta de respeito absoluto, mas vamos mostrar à ela que não é bem assim. A Light não pode fazer tanta gente sofrer e não acontecer nada. Não podemos achar que isso é normal e que temos que nos acostumar com essa situação, esse tempo acabou” conclui Baldez.