Greve dos professores estaduais completa 30 dias com 50% de adesão

Vejam as principais reivindicações da categoria:

 09/04/2016     Educação Pública   
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No último sábado, dia 02 de abril, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE), núcleo de Miguel Pereira e Paty do Alferes realizou um ato na Praça do Centro Cultural, e uma passeata pelas ruas do centro de Miguel Pereira. O ato contou com a participação de cerca de 150 participantes, entre professores e estudantes. O movimento teve como objetivo dar continuidade a luta por melhorias nas condições de trabalho nas escolas da rede estadual, atualizar e explicar a população, pais e alunos sobre o andamento da greve dos professores, iniciada no dia 2 de março.

De acordo com o Sindicato dos professores (SEPE), a greve tem adesão de 50% dos professores nos dois municípios e mais de 70% em todo o estado, e já passa de um mês de greve, devido a falta de vontade do governo estadual em negociar as reivindicações, além de não negociar continua atrasando o pagamento dos salários e segue tentando fazer uma reforma da previdência sem discutir as mudanças nas regras da aposentadoria e aumento da contribuição dos servidores.

Vejam as principais reivindicações da categoria:

- Não ao PLC 257/2016, que trata da renegociação da dívida dos estados com a União, mas que prejudica os servidores;

- Volta do calendário de pagamento para o segundo dia útil;

- 30% de reajuste ou aceitamos uma reposição salarial de parte das perdas com a inflação;

- Cumprimento da lei federal 11.738 que exige que os professores usem 1\3 da sua jornada de trabalha para atividades pedagógicas e o governo do estado não respeita;

- que nenhuma disciplina tenha menos de dois tempos de aula semanais, como Sociologia e Filosofia que só tem 1 tempo de aula;

- Eleição para diretores nas escolas;

- Recontratação dos porteiros, já que em todas as escolas estão sem esse funcionário.

Para Ricardo de Souza (coordenador Geral do SEPE de Miguel Pereira e Paty do Alferes) “o governo não pode apenas ficar usando como desculpa a crise econômica e não sentar para negociar com os professores, já que na pauta de reinvindicações tem pontos que não depende de dinheiro. Também queremos acabar logo com essa greve, mas depende da vontade política do governo do estado em priorizar a educação e negociar com o sindicato o que pedimos”, finalizou Ricardo.