Bebida e deboche dão cadeia

A Guarda Municipal e o Conselho Tutelar fazem prisão no centro de Miguel Pereira

 10/06/2016     Policial      Edição 89
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O Conselho Tutelar vem recebendo inúmeras denuncias de uso de bebidas alcoólicas nas escadarias em frente ao Centro Cultural. A partir desse fato, os Guardas Municipais Bittencourt e Eliane intensificaram a ronda e perceberam que aquele grupo de jovens e estudantes, que trajavam uniforme escolar, estavam bebendo uísque e energético no calçadão em frente ao Centro Cultural. Na abordagem, todos os quatro disseram que eram maiores de idade, entretanto bastou uma revista para constatar que um deles tinha apenas 16 anos. Enquanto a Guarda Municipal Eliane fazia a revista, os outros debochavam perguntando se "iam ter que varrer a rua ou fazer algum trabalho comunitário?!", não acreditaram que o caso iria em frente.

Constatada a presença do menor, os Guardas Municipais chamaram a conselheira Tutelar Rachel Titonel, que estava no plantão de sexta-feira de manhã até sábado, que conduziu todos para a 96ª DP de Miguel Pereira onde foi efetuada a prisão de todos. Elizabeth, que mora em Conrado com o filho Caio, um dos maiores que já completou o ensino médio e estava estudando para fazer a prova da Marinha, estava nervosa com a situação porque desde a tarde não conseguia falar com o filho pelo celular e precisava sair para ir ao curso de especialização no Senac. Quando a mãe conseguiu contatá-lo, Caio já estava preso na 96º Delegacia Policial e junto com os outros dois maiores, que foram enquadrados no artigo 243 do Código Penal, que estabelece crime "fornecer a adolescente produto que possa causar dependência", com pena de 2 a 4 anos de detenção. Os maiores de idade permaneceram detidos até que a fianças arbitrada pelo delegado Cláudio Nascimento, em R$ 880,00 para cada um, fossem pagas. O valor das fianças não são fixas, e é estipulado conforme a condição financeira do detido, entretanto a mais baixa é de R$ 880,00,valor do salário mínimo nacional.

No caso do menor de idade, a mãe responde pelo filho, que é liberado apenas na sua companhia. Em seguida, o Conselho Tutelar faz um relatório, a mãe é advertida por escrito e a documentação segue para análise pelo Ministério Público Estadual.

Essas detenções fazem parte de uma Operação em conjunto entre a Guarda Municipal, Conselho Tutelar, 96ª DP de Miguel Pereira e o Ministério Público Estadual. Essa operação teve início com as reivindicações dos pais de alunos e professores do Colégio Estadual Dr. Antônio Fernandes, que têm seus alunos molestados por ponto de venda de drogas e álcool nas proximidades da Unidade de Ensino. Outro segmento que pediu um maior empenho e rigor das autoridades foi o Hospital Fundação, devido   ao excesso de acidentados provocados por excesso de álcool e drogas que chegam constantemente no Hospital.