Câmara de Vereadores entra em recesso e deixa para agosto a votação do Projeto do Prefeito que altera contribuição do servidor

Idosos e aposentados da Prefeitura são os que mais sofrerão

 08/07/2016     Servidor Público      Edição 93
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Um dos mais polêmicos Projetos de Lei (086/2016) que o Prefeito de Miguel Pereira já encaminhou à Câmara de Vereadores que quer alterar cota de contribuição de todos os servidores. Pela proposta do Prefeito os mais afetados são os do início da tabela de vencimento dos servidores que por receberem salário mínimo, eles contribuem com 10% do valor do valor plano de saúde. No Projeto de Lei encaminhado pelo Prefeito Municipal, todos os servidores passam a contribuir com 50% do que custar o plano. Quinta-feira, dia 30/6, foi a última sessão desse semestre, tendo em vista que no dia 1º de julho a Câmara entrou em recesso e só deve voltar em agosto. Esse período está sendo usado para tensas negociações entre os vereadores e o Prefeito que está decidido não arcar mais com a parte que a Prefeitura tem há quase 20 anos.

"Fui curado de um câncer porque tinha Unimed"

Segundo um dos servidores mais antigos "eu só fui curado de um câncer porque tinha o plano de saúde da Unimed, se tivesse que entrar na filado SUS, marcar carro que sai as 5 horas da manha e só volta no início da noite, eu não ia conseguir, com o aumento do plano de saúde para os servidores, muitos vão abandonar a Prefeitura, mas os que vão sofrer são os aposentados que não vão poder encontrar emprego e ficarão sem qualquer assistência, a Secretaria de Saúde não está preparada para receber todo esse pessoal a maioria dos mais de 1.000 servidores são de salário mínimo, será uma tragédia" concluiu o servidor municipal que recebe R$ 880,00 por mês.

As clínicas médicas e laboratórios também sofrerão o Impacto

Uma infinidade de Laboratórios, Clínicas de Imagens, exames médicos, ortopédicos, fisioterapeutas sofrerão com o fim do Plano de Saúde da Prefeitura ou caso os servidores não tenham como arcar com os custos altos do Plano de Saúde. Serão dezenas de funcionários que perderão suas vagas de emprego, agravando o quadro recessivo que o comércio da região, "esse é um problema que o Prefeito tem que resolver, não é possível que ele não consiga enxergar a extensão de seus atos e ver quanta gente vai sofrer" desabafou um dos comerciantes que tem no Plano de Saúde da Unimed mais de 90% de seu movimento e desses cerca de 60% são de servidores da Prefeitura.

Proposta do PMDB

O PMDB tem dois importantes votos na Câmara e segundo o presidente do Partido e vereador licenciado, Talles Barreiros, a posição do PMDB é que a Prefeitura continue com o Plano da Unimed e absorva todo o custo que os servidores têm hoje, uma vez que não foram dados os devidos reajustes aos servidores por causa da relação receita x folha de pagamento estar no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Para Talles, "como existe um desequilíbrio no valor do salário do servidor, em função da defasagem, e a prefeitura não pode dar aumento por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, esse é o momento de reconhecer o servidor e conceder esse benefício no lugar de todos os aumentos que deveria ter dado e não deu, essa é a posição que estou defendendo" disse o vereador e presidente do Partido.