O perfil da nova Câmara de Vereadores de Miguel Pereira, que toma posse nesse domingo

Será esse o perfil responsável pela aprovação das Leis e da fiscalização do Poder Executivo

 06/01/2017     Política Municipal   
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Domingo, as Câmaras de Vereadores do Brasil recebem novos membros. Miguel Pereira começa a sua 16ª Legislatura. O Jornal Regional desenhou o perfil dessa nova Câmara, que herdará antigos problemas e enfrentará novos desafios.

Renovação em Miguel Pereira

Mas nem tanto. Em Miguel Pereira, a renovação foi de 45% e receberá cinco novos vereadores. O Poder legislativo começará o ano olhando para problemas nascidos no passado, como a crise econômica do estado, que influencia a arrecadação e os novos investimentos para as cidades da região.

A partir de janeiro, a Câmara terá 5 novos rostos entre os 11 eleitos, mas continuará com pouquíssimos negros e mulheres, mantendo um abismo de distância em relação à população do Rio. Nas cadeiras do Plenário, terá apenas uma voz feminina (9%) e10 masculinas (91%). Na cidade, no entanto, eleitorado de mulheres passa de 50%.

O percentual de negros (grupo formado por pretos e pardos), segundo o censo de 2010, é em torno de 48%. Mas, nas urnas, 91% dos escolhidos para legislar se declararam brancos. Talvez a mudança mais relevante tenha sido a idade média da Casa, onde 64% estão abaixo dos 50 anos e apenas 36% acima. É uma Câmara relativamente jovem.

Do ponto de vista matrimonial, 82% dos parlamentares são casados, só um é solteiro e outro divorciado.

Sexo feminino na Câmara de Miguel Pereira

Esse é um capítulo à parte na história do Legislativo de Miguel Pereira. Em todas as suas dezesseis Legislaturas Municipais que formam a história do município desde sua emancipação de Vassouras, Miguel Pereira já teve 83 vereadores e apenas 6 vereadoras. Nessa 16ª Legislatura, não foi diferente; 91% dos vereadores são do sexo masculino, repetindo a Câmara anterior (atual) e a tradição das anteriores. Miguel Pereira nunca teve um parlamento com mais de uma vereadora.

Serão desafios para os novos vereadores entenderem o andamento da Câmara e aprenderem seus papéis para reconectá-la ao cidadão, que, segundo analistas políticos, pouco conhece o trabalho dos legisladores. Para a professora do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), Márcia Dias Ribeiro, o que se vê hoje é uma inversão da regra: é o Executivo, com base forte, que anda controlando o plenário.

— O Legislativo acaba atuando a reboque do Executivo quando o governo tem maioria. O que não é exatamente a melhor atuação republicana. O ideal é o Legislativo contrariar o Executivo, pondera Márcia. Uma das razões é a disponibilidade de servidores com maior entendimento do processo executivo da prefeitura. Muitas vezes faltam esses técnicos para assessorar os parlamentares.

O novo Prefeito

O prefeito André Português, que tomará posse domingo, não terá os problemas que o atual prefeito encontrou em sua base de apoio na Câmara Municipal. André elegeu 7 dos 11 vereadores, é uma maioria esmagadora dos parlamentares e terá apoio para aprovação de seus projetos que mudarão a forma que até hoje vinha sendo feito na cidade. O eleitorado apostou em sua proposta e deu “carta branca” e tranquilidade para trabalhar.

Presidênciada Câmara

Com uma maioria eleita, existe um movimento político para que Domi, o atual presidente da Casa, seja reeleito por mais dois anos. Domi é um dos vereadores mais experientes da Câmara, é detentor de seis mandatos consecutivos com 24 anos de Câmara, e com prefeito de primeiro mandato, sua experiência falou mais alto e também os novos parlamentares que querem entender de perto o funcionamento do Legislativo. Daqui a dois anos existe a promessa de outra negociação. 

Cléber, o campeão de votos

Dono de um capital de 713 votos, Cléber do taxi não esconde as origens, sabe de onde saiu e que a classe precisa ser melhor representada.