Light não investe e Miguel Pereira sofre com apenas 6.000 volts

Todos os municípios no seu entorno já estão com 13.000 volts, mas cidade é a única da Região a ter ainda 6.000 volts

 18/02/2017     Cotidiano   
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Ao longo dos últimos anos Miguel Pereira vem sendo alvo de fortescríticasereclamações em relação à qualidade daenergia elétricaofertada aos moradores da cidade. Constantemente acontecem quedas de energiaconstantes, basta armar chuva e ventos, entre outros problemas. Um exemplo dessasituação, éo Bairro Retiro das Palmeiras que está em situação crítica - a principal reclamação dos moradores do bairro é a falta de energia, a queda da voltagem principalmente durante a noite, o pico de energia e por fim a falta de poda das árvores, fios que praticamente desaparecem no meio da folhagem, que consequentemente causam curtos, podendo queimar eletrodomésticos além de causar acidentes graves.Margarida Marcondes.

Como justificativa, a LIGHT explica a situação e diz que não existem todos os recursos necessários para a manutenção da energia, falta verba financeira e também falta defuncionários, os terceirizados são utilizados para tarefas definidas e específicas. Para solucionar o problema do município, e acabar com asreclamações dos consumidores, é necessário um aportefinanceiro de pelo menosum milhão de reais, grupos de emergência que possam trabalhar diariamente nas podas das árvores, trocarem fiações, postes, entre outras reformas necessárias. 

Em uma comparação, calcula-se que em 1992 existiam 65 funcionários capacitados e disponíveis para resolver situações desse tipo, hoje em dia, com a privatização e terceirização de funcionários, existe aproximadamente somente 15 profissionais da Lightpara poder servir toda a cidade, uma queda brusca que resulta em precarização de serviço. Hoje em caso de emergência as equipes vêm de caminhão de Três Rios e essas equipes não chegam em menos de 4 a 5 horas.

O município de Miguel Pereira recebeenergia de duas redes elétricas. Uma vem de Arcozelo via Andrade Pintoe outra de Morro Azul (Paulo de Frontin). Quando o problema ocorre na linha de transmissão de Arcozelo, a linha de Paulo de Frontin passa a fornecer a energia, mas quando o inverso é que ocorre, a transmissão que vem de Arcozelo não consegue chegar a Portela, não conseguindo abastecer diretamente os bairrosmais afastados do centro de Governador Portela, como Vera Cruz, Francisco Fragoso e Conrado.

Na tabela abaixo, pode-se notar que a cidade de Miguel Pereira é a que tem a menor quantidade e qualidade de energia em comparação as outras cidades e distritos.

Há um forte movimento na cidade para que aconteçam audiências públicas, para reunir todas as partes, consumidores, comerciantes, industriais, associação de moradores, Cedae, poder público municipal, estadual e por fim os representantes da Light para discutir as soluções de curto, médio e longo prazo, para que a voltagem seja igual ou maior do que nas outras cidades, e que a distribuição de energia seja uniforme em todos os bairros da cidade.

Cedae e a falta de água

Segundo os técnicos da Cedae, “um dos nossos maiores problemas é a constante queda de energia, nossas bombas são de alta amperagem, quando falta 1hora de luz, nós levamos 3 horas para a plena carga das bombas que jogam a água do Rio Santana a Fragoso, onde é filtrada e tratada e em seguida às caixas de distribuição em Javary e Miguel Pereira.

Funcionários da Light perdem dinheiro

Com o alto índice de reclamações, a Light de Miguel Pereira não bate as metas estabelecidas pela empresa e com isso não estão aptos a receber o PLR – Participação nos Lucros e Resultados da empresa. Só tem direito a ela é quando se bate a metas.