Gerar emprego e renda com a cidade criativa
Por Marcelo Bizerra, delegado do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro
20/04/2018
Luta sindical
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Uma discussão que sempre vem à baila na segunda capital do País
é como gerar emprego e renda numa cidade em que as atividades predominantes são
de comércio e serviços, abarcando a maior parcela do PIB (76,2%), seguido da
indústria (23,3%) e do agronegócio (0,5%).
Entretanto, o Rio possui uma das mais altas taxas de desemprego
do Brasil: 14,9% em 2017, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), do IBGE. Em três anos (2014 a 2017), o desemprego no estado
subiu 157%, passando de 494 mil em 2014, para 1,2 milhão de desempregados.
No mundo atual, o desafio é gerar desenvolvimento econômico
ambientalmente sustentável e com inclusão social. Por isso, defendemos a
valorização do que chamamos atualmente de cidade criativa. Afinal, um povo
criativo como o nosso merece uma cidade criativa, que promova trabalho e renda
a partir da habilidade da sua população. É a cara do Rio, que possui uma
riqueza cultural celebrada no mundo inteiro.
Nesse conceito novo de cidade, o poder público usa os espaços
urbanos para integrar atividades artísticas, culturais e sociais. Sempre com a
parceria entre governo e empresas. Assim, poderemos aumentar a produção
cultural e artística; atrair e manter talentos; intensificar o turismo e
promover a
diversidade social.
A cidade criativa valoriza o conhecimento e as ideias, além de
dar vida aos projetos das pessoas. Está ligada à economia criativa, um conjunto
de atividades que se utiliza das habilidades dos indivíduos ou grupos sociais.
É uma cadeia produtiva capaz de gerar riqueza e empregos, e distribuir renda.
Ganha a economia da cidade e melhora a qualidade de vida da população.
Marcelo Bizerra é delegado sindical do
Sindicato dos Comerciários do Rio, Miguel Pereira e Paty do Alferes.