A Alemã Underberg investe na Região Serrana do Rio de Janeiro
Com sede em Miguel Pereira, nova fábrica produzirá Brasilberg e visa ampliar o volume de venda da bebida no país e no exterior
11/05/2018
Economia
Edição 189
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Empresa alemã de gestão familiar, em sua quinta geração à frente do
negócio, a Casa Underberg é referência no mercado mundial de bebidas a base de
ervas. Desde o longínquo ano de 1846, seu digestivo, vendido na emblemática
garrafa de 20ml, é o produto mais importante do grupo, estando presente em mais
de 100 países. O Brasil ganha destaque nessa história em 1932, com a chegada do
Dr. Paul Underberg ao Rio de Janeiro. Neto do fundador Hubert Underberg, ele iniciou
a produção de uma nova bebida, o Brasilberg, a qual acrescentou ervas
amazônicas. No dia 11 de maio de 2018, aproximadamente 85 anos desde a
construção da primeira fábrica na Tijuca (RJ), a marca dá mais um importante
passo para seu crescimento no país, com a inauguração de uma nova sede em
Miguel Pereira (Região Serrana do RJ).
A fábrica ocupará um terreno de 11.500 m², com 2.100 m² de área
construída. O espaço vai triplicar a capacidade de produção anual. Importante
destacar que o Brasil é o principal mercado
do grupo fora da Europa. ?O produto brasileiro é de grande importância para
nossa empresa, não à toa que estamos investindo nessa nova linha de produção.
Sua atuação no mercado externo é muito forte, com ótima aceitação,
principalmente pelo próprio povo alemão. A nova sede também abrirá caminho para
que, em um futuro próximo, possamos produzir outros rótulos da Casa Underberg?,
conta Marcus Rumen, diretor do grupo no Brasil.
Foram investidos aproximadamente cinco milhões
de reais em Miguel Pereira, e o projeto prevê o replantio de cerca de 200
árvores nativas como forma de recompor a vegetação ao redor da construção
e proteger o Rio Cachoeirão com a restauração da mata ciliar que a
rodeia. Uma maior produção da bebida também promete
alavancar os números no Brasil. Atualmente, o Brasilberg é exportado para sete
países: Alemanha, Suíça, Dinamarca, Noruega, Suécia, Uruguai e Paraguai. Há
também a intenção de expandir as vendas para novos países, porém,
prioritariamente, o investimento reverterá para a ampliação das vendas nas
praças já atuantes. A bebida está presente em todos os estados brasileiros, e o
Sul (SC, PR e RS) e Sudeste (RJ e SP) correspondem ao maior número de
consumidores.
Um
dos pilares mais importantes da empresa é sua relação com o meio ambiente, e pensando
nisso se buscou uma área que não apresentasse nenhum tipo de degradação
ambiental. Dessa forma, o local da instalação foi escolhido por ser uma área
que se encontra dentro de duas reservas ambientais, a APA GUANDU e a REBIO
TINGUÁ, além de estarem próximos à APA do RIO SANTANA, nas qual ocorre a
proteção de mananciais hídricos, da fauna e da flora. As características
naturais da região foram determinantes para a escolha, considerada ideal para sediar a produção de um produto a
base de ervas.
Alinhado com a filosofia da empresa e para
garantir a qualidade dos ingredientes, a aquisição das ervas aromáticas é
proveniente de fontes sustentáveis e a extração de seus óleos essenciais
vale-se de tecnologia farmacêutica de ponta. A linha de produção utiliza água
de fonte própria e conta com equipamentos modernos para minimizar o consumo de
energia. Outras iniciativas sustentáveis adotadas na nova construção foram o
tratamento e reutilização de toda a água de processo para uso sanitário, para
que não gere nenhum efluente; o uso de lâmpadas de LED e um projeto com teto e
janelas que permitem a entrada de luz para a operação da fábrica até às 17h sem
o uso de qualquer lâmpada; e o sistema de tratamento de esgoto sanitário por
uso de biodigestor.
Atualmente, o montante de negócios de
todas as empresas e marcas do grupo alemão é de cerca de 300 milhões de euros
por ano.
Underberg no Brasil
A empresa alemã centenária,
fundada em 1846, opera em escala internacional e ficou conhecida
pelo digestivo à base de ervas que leva seu nome. Eles inauguram agora em
maio uma fábrica própria no Rio de Janeiro. Antes de falar sobre isso, quero fazer
um resumo sobre a história da marca: a Underberg foi exportada para o Brasil
pela primeira vez em 1866, uma das empresas mais antigas de todas as alemãs que
já tiveram relações comerciais com o país.
Até a eclosão da Primeira
Guerra Mundial em 1914, o consumo de Underberg no Brasil era tão alto que o
mercado brasileiro se tornou um dos principais de exportação da matriz. Com
início da guerra, as exportações foram interrompidas, só retomando a partir de
1927.
Nessa época, um dos filhos do
fundador da empresa visitou o Brasil para explorar as oportunidades de mercado
e cinco anos depois veio em definitivo para desenvolver uma produção no Rio de
Janeiro com as ervas importadas da Alemanha. A empresa teve muito sucesso por
aqui, mas com a Segunda Guerra Mundial (1942) a matriz alemã não conseguia mais
enviar a mistura de ervas para o Brasil. Optaram, então, por outra alternativa:
utilizar ervas brasileiras da Amazônia. Nascia, assim, a bebida que hoje
conhecemos como Brasilberg, atualmente exportada para sete países e está
presente em todos os estados brasileiros.
Agora, negócio
de gestão familiar na sua quinta
geração, dá um novo passo importante no Brasil com
a inauguração da fábrica
própria, em Miguel Pereira. Foram investidos aproximadamente cinco milhões de
reais no projeto, que vai triplicar a capacidade de produção anual. Para a inauguração da fábrica, no dia
11 de maio, representantes da quarta e quinta geração da família virão para o
Brasil, entre eles a principal executiva do grupo na Alemanha, Dra. Hubertine Underberg.
O Brasil é
principal mercado do grupo fora da Europa, o produto brasileiro tem muita
importância para a empresa e tem ótima aceitação principalmente pelo próprio
povo alemão. Acha que pode render para vocês? Interessaria a cobertura da
inauguração da fábrica? No dia 11, a Dra. Hubertine Underberg estará à
disposição para atender a imprensa.