Miguel Pereira já exporta faca artesanal para Europa e Canadá

Um hobby de família vira atividade econômica

 06/08/2018     Desenvolvimento   
Compartilhe:       

Flávio Verduc é um artesão da cutelaria e fabrica suas facas em Miguel Pereira sob encomenda. Teve o aprendizado básico do ofício com o pai, seu Américo Verduc, falecido há 11 anos, e depois de ter parado para concluir os estudos, ele voltou há 3 anos e vem se dedicando integralmente ao ofício da arte da cutelaria.

Diferente do Sul do Brasil, onde há uma enorme tradição na fabricação de facas artesanais, Flávio Verduc vem conseguindo não só introduzir essa cultura na cidade, mas também despertar a atenção dos moradores da região para a diferença de uma faca industrializada e uma faca feita com aço inox 420C, muito usado na indústria, como na Reduc (Petrobras).

Já a indústria trabalha com aço 302 e 304, com pouco carbono e, por isso, não é apropriado para facas, mesmo porque, se fizesse com aço de boa qualidade, só se compraria faca uma vez na vida; essa é a principal diferença de uma cutelaria artesanal e da indústria. "Quando o meu cliente entende a diferença, ele descobre por que troca tanto de faca e passa a adotar a faca artesanal", explica o artesão.

Europa e Canadá têm facas de Miguel Pereira

Além dos amantes da cutelaria, Flávio Verduc já fornece para restaurantes de Miguel Pereira e Paty do Alferes, e suas facas já chegaram ao exterior. Suécia, Portugal, Inglaterra e Canadá são alguns países ao qual ele já enviou.

Um dos seus clientes e hoje amigo é o chef Fred Tibau, sócio do restaurante Bistrô Le Vélo Montagne no Lago de Javary e um dos incentivadores para que Flávio seguisse a tradição da família. Seu Américo Verduc tinha na cutelaria um hobby, mas Flávio está indo além: está fazendo do hobby uma profissão.

Nas facas produzidas no Plante Café, mais precisamente depois do segundo lago, só são utilizados insumos de primeira qualidade.

A madeira utilizada

Os cabos, por exemplo, são produzidos com madeiras de leis nacionais e importadas. "Só trabalho com madeiras de lei, como jacarandá, braúna e imbuia, maple, ébano negro e leopard woody, entre outras", diz Flávio. Já o aço é especial e vem do Sul do Brasil.

O aço

São utilizados os principais aços na cutelaria. Existem dois tipos de aço de famílias diferentes: aço carbono e aço inox. O principal é que o aço tenha uma grande porcentagem de carbono. É o carbono que define a retenção do fio, ensina Flávio, e o coração de uma boa faca é a têmpera. A têmpera é que difere uma boa faca de uma faca média ou ruim, e a têmpera nada mais é do que o processo de resfriamento e endurecimento da lâmina.

Tipos de facas

Existem 2 tipos de facas: feita por desbaste ou forjada. A forjada é feita com o aço bruto (exemplo: capa de rolamento), colocando no fogo e estudando. Faz-se o que no meio da cutelaria é chamado de língua de chimango.

Já por desbaste é quando o aço (já esticado) vai fazendo o desbaste da lâmina até sair o molde que se quer.

 

Contato:

(24) 98121-0793 WhatsApp

Canal no YouTube:

https://www.youtube.com/channel/UCgufXRh4Ne7oSDtVKcACRxA

Facebook:

Verduc Cutelaria

Insta:

@fcutelariaverduc