Sindicato faz manifestação em frente ao BRAMIL pelo cumprimento da convenção
Para pagamento de horas extras, fim das dobradas, pagamento do auxílio creche, diz Bizerra delegado sindical
27/02/2019
Luta sindical
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Sindicalistas fazem manifestação em frente ao
Bramil de Miguel Pereira. Segundo os sindicalistas, a empresa vem "explorando"
os operadores de caixa, empacotadores e açougueiros de Miguel Pereira e Paty do
Alferes. Eles alegam que os funcionários não aguentam mais serem explorados
pelos patrões do Bramil.
Com a chegada da concorrência, que recentemente
inaugurou loja de uma grande rede de supermercados na região, o supermercado
resolveu aumentar a jornada de trabalho de comerciárias e comerciários, sem
pagar pelas compensações previstas em lei.
Desde o início do ano, o delegado sindical
Marcelo Bizerra vem recebendo denúncias dos trabalhadores e por isso vem
tentando dialogar com a empresa, mas os patrões optaram por não dar seguimento
as negociações, o que é de urgência para os comerciários. "Da última vez que insistimos por uma reunião para regularizar a
situação, o Bramil disse que só tinha agenda pra depois do Carnaval",
informa o diretor Marcelo Bizerra.
Segundo os organizadores da mobilização, "enquanto patrões optam por pular Carnaval,
comerciários estão cumprindo jornadas de até 14h por dia. E o pior: essas horas
vão pra um banco maluco que depois ninguém se entende e os trabalhadores ficam
a ver navios, exaustos e sem dinheiro no bolso!", dispara o diretor Bruno
Baldez, que é açougueiro do Bramil.
Segundo denúncias, aos domingos, o almoço que
o Bramil dava deixou de ser oferecido para alguns comerciários. Com o aumento
da carga horária, trabalhadores que estavam de folga também foram "convidados" a se apresentarem na loja, e
para evitar retaliações dos chefes, muitos foram e alguns ficaram sem almoço.
Segundo os sindicalistas, "se o Bramil quer
ampliar o horário de trabalho, ele precisa contratar novos comerciários pra dar
conta de toda a carga horária". Segundo ele, a criação de dois turnos seria uma
boa medida do Bramil com seus funcionários, evitando com que eles fiquem esticando
o expediente de comerciários.
A ausência sentida na mobilização foi do presidente
do Sindicato dos Comerciários, Márcio Ayer, que não esteve presente e não
informou o motivo da ausência.