Precisamos de cidades mais humanas

Um grande desafio para prefeitos, gestores públicos e câmaras municipais

 10/01/2020     Fala Bizerra!      Edição 276
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Um grande desafio para prefeitos, gestores públicos e câmaras municipais é aplicar políticas que assegurem mais qualidade de vida para milhões de pessoas que vivem em metrópoles e cidades médias e pequenas que, em muitos casos, enfrentam graves problemas econômicos e sociais.

Precisamos de cidades mais humanas, governadas com maior atenção para quem mais precisa, buscando diminuir as desigualdades e a concentração de renda e avançar na universalidade e na qualidade da saúde, da educação e da moradia. Ganham destaques a mobilidade urbana (transporte), a segurança pública e a preservação do meio ambiente.

Isso será possível se municípios, estados e União buscarem uma melhor articulação entre si com um novo pacto federativo e mais recursos para os municípios. Nossa luta é por cidades mais saudáveis, que se humanizam com a implementação de políticas de esporte, lazer e cultura.

É importante levar em conta as particularidades de cada cidade e levar em conta a dimensão democrática de governar um município, garantindo a participação da sociedade na formulação e controle das políticas que serão executadas. É essencial ouvir os segmentos e instituições que representam o povo, incentivando a formação de espaços de participação popular, como os conselhos municipais e sindicatos de classes, afinal, a população precisa ter canais para expressar suas opiniões junto aos prefeitos e às câmaras de vereadores.

Para o PCdoB, é fundamental cuidar mais do patrimônio e dos recursos públicos, que devem ser administrados observando sempre o interesse público. É preciso entender que administrar uma cidade é mais do que fazer obras. Claro que é importante ter novas escolas, novas creches e novas ruas, porém, uma cidade deve ser humana e igualitária. E podemos ter isso, até sem ter um grande orçamento.

 

Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes e presidente da ONG Reviva