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Esse ano será um Dia do Trabalhador diferente. Pela internet, as centrais realizarão o 1º de Maio Solidário, com uma live de 4 horas. Teremos apresentações de artistas e mensagens aos trabalhadores e às trabalhadoras sobre saúde, emprego, renda e defesa da Democracia.

Temos que refletir: nosso país vive uma crise de saúde, econômica e política, e tudo pela condução desastrosa do presidente que diz não ser coveiro e não fazer milagres (sendo "messias") quando falou das mortes de milhares de brasileiros pela COVID-19.

É incrível a sua capacidade de gerar crises. Além de atacar os direitos sociais e trabalhistas, demite um ministro da Saúde amplamente apoiado pela população e força a saída de Sérgio Moro, produzindo um aumento do dólar para R$ 5,65 e a queda da Bolsa de Valores em mais de 7%.

Um parêntese: Moro não se livrará do seu legado no governo que sempre serviu fielmente. Vale lembrar que, mesmo antes, ao prender o ex-presidente Lula, ajudou na eleição de Bolsonaro. Além disso, fez vista grossa para vários crimes cometidos pelo presidente e pelos seus filhos, só revelados por ele agora. O resultado é que os dois serão investigados.

Sem comando

Triste retrato de um governo sem comando, onde o "capitão" do barco não sabe pilotar e gera instabilidades permanentes. Além disso, faz a velha política do "toma lá, dá cá", dando cargos ao Centrão para ter base no Congresso. Sem contar no absurdo de colocar um amigo do filho para dirigir a Polícia Federal, responsável por investigações importantes (inclusive, envolvendo a família Bolsonaro). Felizmente, a nomeação foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal a pedido do PDT.

Apoiamos o SUS e a taxação das grandes fortunas

Nossa luta segue firme contra as medidas prejudiciais aos trabalhadores, estas que aliados do presidente insistem em votar nesse momento de crise. Apoiamos o plano emergencial proposto pela oposição, que, entre outras coisas, defende o aumento dos recursos do SUS para enfrentar a pandemia, a taxação das grandes fortunas, o investimento em grandes obras para estimular a economia e gerar empregos, a nova política de valorização do salário mínimo e a reabertura de linhas de crédito para pessoas e empresas.

Viva o 1º de Maio! Viva a classe trabalhadora!

- Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Paty do Alferes e Miguel Pereira e presidente da ONG Reviva.