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Para garantir os direitos dos trabalhadores, o Sindicato dos Comerciários assinou - com o representante dos patrões de Miguel Pereira e Paty do Alferes, o Sicomércio - a prorrogação da convenção coletiva por um ano. A medida preserva os direitos dos trabalhadores em função da crise econômica que assola o país e das permanentes investidas do governo Bolsonaro em cortar direitos dos trabalhadores.

"A prorrogação da convenção é importante neste momento de muitas dificuldades por conta da pandemia, com muitas lojas fechadas e alto desemprego. Enquanto o governo vem tentando retirar direitos através das medidas provisórias, conseguimos garantir a manutenção de tudo o que já foi conquistado nas nossas convenções coletivas", declarou Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.

Para manter os empregos e garantir a sobrevivência das pequenas e médias empresas, que são as maiores empregadoras, é preciso que o governo federal tenha um plano de ajuda para estes segmentos.

O governo precisa ajudar

"O governo precisa ajudar essas empresas que estão em sérias dificuldades. Sem isso, teremos um impacto ainda maior no pós pandemia, pois muitas lojas vão fechar e o desemprego será ainda maior. Por isso, há a necessidade de o governo criar uma política pública para este setor", afirma Márcio Ayer.

Reajuste salarial

A partir da prorrogação da convenção coletiva, neste ano será debatido apenas o reajuste dos salários e os pontos que também têm o seu valor modificado de acordo com o aumento, como ticket refeição, piso salarial, auxílio creche e quebra de caixa. Essa negociação ocorrerá 90 dias após o retorno normal das atividades comerciais.

"Quando essa situação de pandemia passar, vamos nos concentrar no reajuste dos salários. Sabemos que não será fácil por conta da atual situação do país, mas, junto com os comerciários, vamos lutar para que tenhamos um aumento justo para todos", finaliza Márcio Ayer.

Sindicato cria canal exclusivo sobre COVID-19

O Sindicato abriu um canal exclusivo para tratar da COVID-19. Por ele, os trabalhadores podem enviar informações, tirar dúvidas e fazer denúncias sobre a situação no local de trabalho durante a quarentena. Ao mesmo tempo, o Sindicato criou um Comitê Gestor para encaminhar os casos relacionados ao novo coronavírus.

"A situação dos comerciários continua muito difícil; os supermercados, por exemplo, estão funcionando e com muitos clientes. Nós estamos recebendo denúncias e cobrando dos patrões para que cumpram todas as medidas de segurança em relação a seus funcionários", declara Marcelo Bizerra, dirigente sindical.

O Sindicato recebe as denúncias por WhatsAapp no número (21) 96465-5930 ou pelo e-mail covid19@secrj.org.br, com o anonimato garantido. Através desses contatos, os comerciários poderão informar sobre óbitos e trabalhadores doentes e com sintomas. O Sindicato também recebe denúncias de descumprimento das normas de segurança, como aglomeração, falta do uso de máscaras e materiais de higiene, a distância entre as pessoas e assédio.

Foto1: Foto Márcio 

Presidente do Sindicato cobra do governo medidas para garantir empregos e salvar principalmente as pequenas e médias empresas que sofrem com a crise.  

Crédito: Sindicato dos Comerciários

Mascara

Legenda: Campanha do Sindicato incentiva o uso de máscara no comércio como uma das medidas protetivas para funcionários e clientes.  

Crédito: Sindicato dos Comerciários