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Os governadores buscam sensibilizar o Ministério da Saúde para que este defina logo o início da vacinação no Brasil, após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar as vacinas da Fiocruz e do Butantan.

Essa luta é por conta do descaso do governo Bolsonaro. Enquanto 50 países já iniciaram a vacinação, o Brasil corre atrás para ter o produto. A incompetência do governo chegou ao ponto de não conseguir comprar 3% do total de seringas que precisa.

Na verdade, não há um plano claro que o Brasil vai adotar. É muita desinformação por parte da presidência e do Ministério da Saúde. O problema é que a pandemia voltou a ganhar velocidade recentemente.

Responsabilidade

A atitude irresponsável do presidente Bolsonaro levou o país a demorar para assinar contratos com os laboratórios que estão produzindo as vacinas.

Por isso, é importante a população ter maior responsabilidade. É essencial evitar aglomerações, usar máscaras sempre que sair de casa, usar álcool em gel e manter distanciamento seguro nas ruas e locais com muitas pessoas.

SUS, Fiocruz e Butantan

Nessa situação difícil, podemos ver a importância do que é público, especialmente na área da saúde. Mesmo com os problemas que conhecemos, o SUS tem desempenhado papel importante para salvar vidas. Para tentar dimensionar isso, é só imaginar se ele não existisse ou não tivesse essa natureza de servir a qualquer pessoa. Porém, ele precisa de mais investimentos e sua estrutura precisa ser melhorada.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) é vinculada ao Ministério da Saúde, com sede no Rio de Janeiro. Entre muitas atribuições, atua na produção de vacinas, no desenvolvimento científico e tecnológico e na formulação e execução das políticas nacionais de Saúde, Ciência e Tecnologia e Educação (as duas últimas na área da saúde).

O Instituto Butantan é ligado à Secretaria de Saúde de São Paulo. Por seu trabalho em saúde pública, é considerado um dos principais centros científicos do mundo. É o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, responsável por grande parte da produção nacional das vacinas do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.

Por fim, os hospitais universitários, ligados às universidades federais, onde professores, alunos e pesquisadores atuam atendendo pacientes e produzindo conhecimento que chega à população de diversas formas, como em uma vacina contra uma doença.

- Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes e presidente da ONG Reviva.