Auxílio Emergencial: é importante para as pessoas, bom para a economia e para o comércio

O Auxílio Emergencial mostrou como dinheiro na mão da população pode ajudar a economia de um país

 26/02/2021     Fala Bizerra!      Edição 344
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Proposto pelo movimento sindical e pelos movimentos sociais no início da pandemia, o Auxílio Emergencial mostrou como dinheiro na mão da população pode ajudar a economia de um país. Quem trabalha no comércio sabe que a grande maioria do povo usa a sua renda na compra de produtos essenciais para sua sobrevivência. Se o Bolsa Família coloca 30 bilhões de reais na economia, o Auxílio Emergencial do Governo Federal colocou mais de 186 bilhões de reais.

Por isso, o Sindicato e a categoria comerciária estão na luta para que governo e Congresso mantenham o benefício, pois ele ajudou o país em um momento difícil. Segundo o IBGE, o consumo das famílias é responsável por 65% do nosso PIB (tudo que é produzido no Brasil). No terceiro trimestre do ano passado, ele teve expansão de 7,6%.

Defendemos a sua manutenção e no valor de R$ 600,00, pois a retomada da economia ainda será lenta. É uma medida que protege a renda de quem está na informalidade, garante segurança alimentar às famílias e dinamiza a atividade econômica, de acordo com o DIEESE. Ajuda também as micro, pequenas e médias empresas.

Bom lembrar que, dos R$ 186,90 bilhões transferidos para a população, cerca de R$ 100,74 bilhões retornaram aos cofres públicos por meio da arrecadação de impostos. Segundo especialistas, ele tem efeito multiplicador no PIB: cada R$ 1,00 para as famílias resulta em crescimento de R$ 1,78 no PIB.

É muito positivo que a Assembleia Legislativa do Rio tenha aprovado um auxílio emergencial estadual como ajuda para pessoas e pequenas empresas. Os comerciários querem a manutenção do Auxílio Emergencial. Ele ajuda pessoas desempregadas a consumirem o básico, contribuindo para as vendas. É bom para a economia e melhor para o comércio.

 

Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes e presidente da ONG Reviva.