Comissão de indústria naval ouve Petrobrás sobre geração de empregos no estado
Em 2014, o setor de petróleo e gás no Rio gerava 175 mil empregos de carteira assinada e agora caiu para 134 mil", analisou Mauro Osório
28/05/2021
Alerj
Edição 347
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A adoção de
medidas para ampliar a geração de empregos no setor petroleiro foi tema da
audiência pública virtual que a Comissão Especial de Indústria Naval e Offshore
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou, nesta
segunda-feira (24/05), com a participação de representantes da Petrobras.
A companhia
anunciou que vai investir US$ 46 milhões no segmento de exploração e produção
no país nos próximos cinco anos. Mas ressaltou que o cenário hoje é de uma
competição global muito acirrada.
"Além
da demanda, existe uma pressão social e regulatória pela transição energética,
pela redução de emissões de carbono que desloquem os combustíveis fósseis e
pressionam pela redução de investimentos no setor", disse o
gerente-executivo de Relacionamento Externo da Petrobras, Pedro Henrique
Brancante.
Para a
presidente da Comissão, deputada Célia Jordão (Patriota), a Petrobrás precisa
de uma perspectiva que não se baseie apenas na liberdade econômica, com
decisões de investimento voltadas também para a geração de emprego e renda no
estado.
"Compreendemos
as dificuldades que a empresa possa ter. Mas esses problemas reforçam nosso
trabalho e a nossa preocupação. Ninguém aqui é contra o livre mercado, mas
temos que ter esse olhar de responsabilidade social da Petrobrás com a geração
de empregos", declarou.
O
diretor-presidente da Assessoria Fiscal da Alerj, o economista Mauro Osório,
defendeu a necessidade de um projeto estratégico para a empresa petrolífera,
que beneficie também o estado do Rio de Janeiro, que é responsável por 80% da
produção nacional.
"A
Petrobras é fruto de uma época em que o país tinha um projeto, senão não seria
possível a existência de uma empresa livre em águas profundas. Em 2014, o setor
de petróleo e gás no Rio gerava 175 mil empregos de carteira assinada e agora
caiu para 134 mil", analisou Mauro Osório.
A especialista
no setor e integrante da Assessoria Fiscal, Magda Chambriard, ressaltou que a
sociedade brasileira permitiu à empresa a prioridade da operação do pré-sal no
país. Portanto, é de se esperar que haja compromisso social.
"A
Petrobras é a primeira empresa fornecedora de energia primária do Brasil e isso
significa uma responsabilidade social enorme. Ela tem nas mãos um problema de
abastecimento nacional de combustíveis, que é uma questão de segurança nacional
em todos os países do mundo", explicou.
Também
participaram da audiência os deputados Rubens Bomtempo (PSB) e Waldeck Carneiro
(PT), membros da comissão.