Mulheres vítimas de violência terão prioridade em programas sociais
É o que determina o projeto de lei 3.901/21, aprovado pela Alerj em discussão única nesta terça-feira (24/8).
27/08/2021
Alerj
Edição 360
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As mulheres que forem vítimas de
violência doméstica ou familiar terão prioridade de inclusão nos programas
sociais, de geração de emprego e renda e de saúde, que sejam financiados ou
gerenciados pelo Governo do Estado. É o que determina o projeto de lei
3.901/21, da deputada Tia Ju (REP), que a Assembleia Legislativa do Estado do
Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única nesta terça-feira (24/08). A
medida seguirá para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para
sancioná-la ou vetá-la.
A condição de vítima de violência
deverá ser comprovada mediante apresentação de cópia de boletim de ocorrência
ou processo judicial, com concessão de medida protetiva. A norma ainda prevê o
uso dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) caso
haja a necessidade do encaminhamento para inclusão nesses programas.
"Tinha certeza de que os
deputados entenderiam a necessidade desse projeto. É uma luta de muito tempo e,
hoje, essa Casa consegue dar essa resposta às mulheres", declarou a deputada
Tia Ju em plenário. "Essa é uma luta pela inclusão das mulheres no mercado de
trabalho e contra a violência doméstica porque essas mulheres ficam refém dos
seus agressores, sem autonomia financeira e sem poder construir uma nova
história", explicou a parlamentar.
O texto altera a Lei 7.382/16,
que já previa a reserva de 5% das vagas de emprego nas empresas concessionárias
de serviços públicos para as vítimas. A alteração também prevê que as mulheres
em situação de violência que correm risco de morte, acolhidas em abrigos,
deverão ter assegurados o seu direito ao sigilo relativos aos dados pessoais e
endereço. O Poder Executivo deverá regulamentar a norma.
Também assinam como autoras as
deputadas Alana Passos (PSL), Enfermeira Rejane (PCdoB), Renata Souza (PSol),
Martha Rocha (PDT), Célia Jordão (Patriota), Franciane Motta (MDB) e Adriana
Balthazar (Novo), além dos deputados André Ceciliano (PT), Bebeto (Pode),
Carlos Minc (PSB), Subtenente Bernardo (Pode), Carlos Macedo (REP), Waldeck
Carneiro (PT), Dionísio Lins (PP), Rosenverg Reis (MDB), Luiz Paulo (Cidadania),
Marcos Muller (SDD), Márcio Pacheco (PSC), Delegado Carlos Augusto (PSD) e
Marcus Vinicius (PTB).