Vexame, mentiras e agressão a jornalistas marcam Bolsonaro na reunião do G-20

Mais um vexame mundial para o Brasil

 05/11/2021     Fala Bizerra!      Edição 370
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Mais um vexame mundial para o Brasil foi produzido pelo presidente Jair Bolsonaro ao participar da reunião das 20 maiores economias do mundo, na Itália. O que se viu foi a maior autoridade do país ser ignorada pelos demais líderes mundiais.

Isolado, Bolsonaro ainda mentiu para o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Disse que está "bem" politicamente, que tem "apoio popular muito grande" e que a economia brasileira está crescendo, isso quando a retomada da economia brasileira é uma das piores entre o G-20 e a sua popularidade atingiu seu nível mais baixo em setembro - 53% de reprovação, segundo o Datafolha. 

Como se não bastasse, ele e sua segurança protagonizaram cenas de violência contra jornalistas. O presidente não participou da foto dos chefes de Estados na Fontana di Trevi, lhe restando passear pelas ruas da capital italiana, produzindo cenas lamentáveis.

Tudo começou após o correspondente da TV Globo Leonardo Monteiro questionar o motivo dele não participar de alguns eventos do G-20. Foi quando o presidente hostilizou o repórter, perguntando: "É a Globo? Você não tem vergonha na cara". Em seguida, seguranças dele empurraram e deram socos no profissional.

Só mesmo um presidente com esse perfil violento para a imprensa do seu país ser tratada dessa forma no cumprimento de seu dever de informar a população em uma agenda oficial. Afinal, ele representa o Brasil em qualquer evento, não pode se esquivar de perguntas só porque não lhe agradam.

Por conta desse fato, a vice-líder da Oposição na Câmara Federal, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), vai convocar o chanceler brasileiro para explicar o fato na Comissão de Relações Exteriores. Triste ver que o resultado principal para o Brasil foi ver sua imagem, mais uma vez, ser avacalhada pelo presidente da República em um evento internacional.

 

Marcelo Bizerra é dirigente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes, diretor da Central Sindical CTB, presidente do Bloco Tomatão e presidente da ONG Reviva.