Fim da Máfia dos Reboques
Em audiência pública na Alerj, Detro comunica que veículos de remoção serão utilizados apenas em operações do órgão
13/10/2023
Alerj
Edição 470
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O Detro não
fornecerá mais reboques para operações que não sejam do próprio órgão. O
anúncio foi realizado dia 25/09, durante audiência pública realizada pelas
comissões de Combate à Desordem Urbana; Transportes; e de Segurança Pública da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A decisão ocorre
após fiscalizações realizadas pelos deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim
(PTB) e Filippe Poubel (PL) em blitzes e pátios de veículos apreendidos, nos
quais foram identificadas irregularidades que prejudicam e oneram os cidadãos
fluminenses.
Os deputados, que
integram a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Alerj, cobraram explicações
durante a audiência pública, e voltaram a relatar que estão recebendo vídeos e
reclamações em seus gabinetes sobre abusos cometidos nas blitzes de trânsito.
"São dezenas de
denúncias e mensagens de apoio ao trabalho da comissão. Estamos cumprindo a
nossa obrigação de fiscalizar. Somos funcionários da população e seguiremos
firmes porque ainda tem muitas máfias que lesam os cidadãos de bem e que
precisam ser combatidas", afirmou o deputado Filippe Poubel.
Durante a audiência
pública, a vice-presidente do Detro, Eneida Ferreira da Silva Paz, disse ter
ficado surpresa quando a empresa APL informou não possuir reboques, mesmo sendo
contratada para prestar o serviço de remoção de veículos apreendidos. Diante
disso, a representante do Detro comunicou a decisão do órgão de não mais
participar de operações vias contratos e convênios utilizados pela APL e outras
empresas que operam os pátios para onde são levados os veículos
apreendidos. "Fomos tão surpreendidos quanto os deputados. Vamos
oficiar as empresas que não haverá mais remoção via APL ou contrato Detro em
nenhum convênio ou acordo de cooperação técnica existente, apenas em operações
do Detro", afirmou a vice-presidente Eneida Paz.
Estatuto das blitzes
"Demos um duro golpe
na máfia dos reboques com a suspensão do contrato. O próximo passo é o estatuto
das blitzes, que será entregue essa semana nas mãos do governador. Depois,
confeccionaremos uma cartilha para os cidadãos, que será um manual que cada
motorista terá para, quando for abordado em uma blitz, saber quais são os seus
direitos e deveres", adiantou o presidente da Comissão de Combate à
Desordem Urbana, deputado Alan Lopes.
"Estamos
desbaratando uma organização criminosa que por anos vem lesando os cidadãos no
Estado do Rio. Essa máfia de reboques vai acabar e os responsáveis terão de
responder à polícia e à justiça porque a Comissão de Combate à Desordem Urbana
está mobilizada", concluiu o vice-presidente, Rodrigo Amorim. Também
integram o colegiado e estiveram presentes à audiência pública os deputados
Guilherme Delaroli e Índia Armelau, ambos do PL.