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A cigarra, pequena artista dos campos, foi, em alguns momentos, a trilha sonora da minha infância. Seu canto ecoava nos dias ensolarados da primavera, anunciando a chegada do tão esperado verão. Lembro minha casa da infância, onde cada dia era uma aventura e cada noite, um espetáculo.

Naquelas noites quentes, o amor encontrava seu refúgio na rede sob as estrelas. O canto do riacho próximo misturava-se ao canto das cigarras, e nossos corações batiam no ritmo suave da natureza. Era como se o próprio universo conspirasse a nosso favor, celebrando o amor, o encontro, a união.

E, como se a magia daquelas noites não fosse suficiente, os vagalumes apareciam como pequenas estrelas, iluminando o nosso caminho. Suas luzes eram como um lembrete da beleza passageira da vida, um convite para apreciar cada momento.

A cigarra, a primavera, a casa no campo, o amor na rede e a iluminação dos vagalumes estão entrelaçados em minhas lembranças como um poema que o tempo não pode apagar. São lembranças que aquecem meu coração, lembranças que me inspiram a celebrar a simplicidade da vida e a beleza da natureza a cada dia.